A Espetacular Vida da Morte, MJ Macedo [Resenha]

Em A Espetacular Vida da Morte conhecemos Horácio um ex- jornalista renomado que perdeu seu emprego e que agora tem seu sustento vendendo cachorro quente. Em mais um dia de trabalho, algo inesperado lhe acontece, ele conhece a Morte, sim aquele ser todo de preto com uma foice, e ela lhe pede para fazer uma biografia da sua vida ou é morte?!

Então, faço-lhe a mesma pergunta que me fiz durante muito tempo, logo quando soube que caberia a mim a tarefa de trazer a público todo o conhecimento que me foi passado: Como começar? Sim, parece uma pergunta simples, porém, é mais complexa do que possa imaginar. Pág 22

É a partir daí que toda a estória começa a ser narrada. A cada capítulo conhecemos as aventuras da nossa amiga Morte, diferente daquelas suposições que vemos em filmes. Neste livro passamos a conviver com um ser desastrado e hilário. Horácio também é outro personagem cômico e totalmente desastrado, outra coisa na qual deve estar presente nesta resenha é a seguinte, durante toda a estória a Morte chama Horácio de Charlie, sim eu sei que há uma imensa diferença entre os nomes e até agora não sei o motivo. A nossa querida Morte se mete em várias encrencas, mas não apenas ela há também os personagens secundários que com seus toques, alguns por vezes de magia, deixa a estória ainda mais engraçada.

A escrita de MJ Macedo é leve e a narrativa flui rapidamente. É impossível largar esse livro, a cada capítulo concluído o leitor tem o interesse de conhecer mais as histórias contadas pela Morte e narrada pelo Horácio ao longo do livro. O trabalho gráfico aplicado neste livro é muito legal, ele possui uma capa é bem criativa, há alguns desenhos logo de início. Este livro possui uma temática completamente diferente das quais eu estava acostumada a ler, já que quando é que encontramos um livro que fale da Morte, como um ser que aparenta ser igual a nós humanos, mas que surge apenas para dizer que nossa hora chegou?!  (risos)

 – Não precisa se envergonhar, Charlie. É normal. Todos sentem medo da morte. Mesmo aqueles que não querem admitir.

 – É... eu acho que é.

– O mais terrível, como dizia, é sempre associarem você a algo ruim. Tipo: “olha só, lá vem a Madame Catástrofe”. Entende? Isso o isola muito. Muito mesmo. Pág 49