18 de junho de 2014

Compartilhando experiências


Nada de diferente chega à cidade, até que um dia...

Lá estava eu na escola olhando o mural de avisos e lá estava escrito “Aulas de violino”. No primeiro momento ignorei, mas depois refletindo sobre isso pensei: “Por que não tentar? Não estarei perdendo nada”. E assim foi.

Dias depois começaram as aulas e tudo muda. A correria da vida de estudante aumenta (escola, estudos, trabalhos, leituras, namoro e violino). Você tem que ter bastante cuidado com ele, o violino. Qualquer coisa que você faça, mesmo que seja sem querer, com ele você começa a pensar que é a pior pessoa do mundo. E logo que eu começo a ‘pegar’ no violino fico imaginando: Quando estarei tocando aquelas músicas?! E esse desejo é impulsionado quando o professor de uma hora para outra começar a tocar aquelas músicas famosas que fazem o aluno ficar hipnotizado... Ave Maria, My Heart Will Go On, a música do filme Al Pacino e por aí vai...

E logo começam as regras e aos poucos você começa a querer comprar um violino e treinar, treinar e treinar até seus dedos ficarem doloridos. É assim que aos poucos eu começo a me adaptar a essa vida. A vontade de aprender a tocar o violino é imensa. Passam-se dias em que eu só penso nisso: Em quando vou ter meu próprio violino. Em quanto tempo estarei tocando algumas músicas famosas...

E por incrível que pareça o violino e as aulas não somente para aprender sobre o instrumento, mas também aprendemos sobre a vida e o que ela nos reserva.

14 de junho de 2014

[Resenha] Amigas Para Sempre, Kristin Hannah


“Elas eram conhecidas como as meninas da alameda dos Vaga-lumes. Isso foi muito tempo atrás – há mais de três décadas, para ser exata -, mas, agora, deitada na cama, escutando uma violenta tempestade de inverno do lado de fora, parece ter sido ontem. 


A alameda dos vaga-lumes é o ponto inicial dessa maravilhosa e comovente história de Tully e Kate. Ou como muitos, tempos depois, passavam a chamar TullyeKate. Kristin Hannah construiu uma história em que usa de um artifício que comove muitos: a verdadeira amizade.

Tudo começa em 1970. Tully Hart chega à Alameda dos Vaga-lumes. Bonita, popular e invejada por muitos. Todos querem ser amigos dela, mas o que eles não sabiam era que Tully morava com uma mãe drogada, desconhecia o pai e era sustentada pela avó. Com essa juventude agitada ela conhece Kate Mularkey, uma garota oposta a sua personalidade. O que Tully não sabia é que a partir desse momento a vida das duas seriam completadas.

Tully foi deixada novamente pela mãe e foi a vez da família Mularkey cuidar dela. As amigas criam seus futuros e sempre a amizade continua. Elas passam por novas experiências que a juventude oferece. O tempo passa e elas começam a por em prática todos os planos que tinham em mente desde a juventude. Começam a cursar a faculdade e é a partir daí que a vida das duas começa a realmente tomar um rumo diferente.

A amizade é o fruto mais valioso que se pode ter, além da família. Tully e Kate criam uma irmandade e é nela que elas se fortificam. Mas nem sempre tudo é perfeito, alguns acontecimentos abalam as estruturas da amizade delas. Será que elas ainda continuaram amigas?

Embalados às músicas de trinta anos de amizade, vamos aos poucos conhecendo a vida de cada uma, seus medos e angustias. Emocionamo-nos com One Sweet Day e You’ve Got a Friend, relembramos os tempos dançantes com What A Feeling e Love is a Battlefield.

É impossível não se emocionar com a história das duas. E há um imã na narrativa que não deixa a gente se desgrudar desse livro. Chorei muito o lendo. Livros maravilhosos como esse são difíceis de encontrar hoje em dia.

“Para que você saiba que pode ser o que quiser. A sua geração tem muita sorte. Vocês podem ser o que quiserem. Mas você precisa arriscar às vezes. Se abrir para o mundo. Uma coisa que eu posso lhe dizer com certeza é o seguinte: na vida, a gente só se arrepende do que não faz.”