Nada de diferente chega à cidade,
até que um dia...
Lá estava eu na escola olhando o
mural de avisos e lá estava escrito “Aulas de violino”. No primeiro momento
ignorei, mas depois refletindo sobre isso pensei: “Por que não tentar? Não
estarei perdendo nada”. E assim foi.
Dias depois começaram as aulas e
tudo muda. A correria da vida de estudante aumenta (escola, estudos, trabalhos,
leituras, namoro e violino). Você tem que
ter bastante cuidado com ele, o violino. Qualquer coisa que você faça,
mesmo que seja sem querer, com ele você começa a pensar que é a pior pessoa do
mundo. E logo que eu começo a ‘pegar’ no violino fico imaginando: Quando
estarei tocando aquelas músicas?! E esse desejo é impulsionado quando o
professor de uma hora para outra começar a tocar aquelas músicas famosas que fazem
o aluno ficar hipnotizado... Ave Maria, My Heart Will Go On, a música do filme
Al Pacino e por aí vai...
E logo começam as regras e aos
poucos você começa a querer comprar um violino e treinar, treinar e treinar até
seus dedos ficarem doloridos. É assim que aos poucos eu começo a me adaptar a
essa vida. A vontade de aprender a tocar o violino é imensa. Passam-se dias em
que eu só penso nisso: Em quando vou ter meu próprio violino. Em quanto tempo
estarei tocando algumas músicas famosas...
E por incrível que pareça o
violino e as aulas não somente para aprender sobre o instrumento, mas também aprendemos
sobre a vida e o que ela nos reserva.