De início somos apresentados a Annie
O’Sullivan em mais um dia de trabalho como corretora de imóveis. O que
Annie não imaginava é que esse dia seria diferente de qualquer outro. Já no final de seu expediente, prestes a ir
para sua casa surge um homem com prováveis intenções de compra da casa que ela
estava vendendo. Mas tudo não passava de um grande engano, o homem na verdade
havia ido ao local para sequestrá-la.
Sequestrada, Annie é levada para um chalé numa montanha onde não há
nenhum contato com o mundo lá fora. O inferno estava apenas começando. No
chalé, Annie era agredida e estrupada por aquele homem, cujo ela chamava de Maníaco. Annie passou um ano ao lado do
Maníaco. Um ano de sofrimento, de tristezas e agressões que deixaram rastros na
vida dela.
Conhecemos a estória a partir de uma narrativa feita sob primeira pessoa
intercalando o presente com o passado. Foram 26 capítulos que resultavam na
quantidade de sessões que nossa personagem teve que fazer com a terapeuta.
Foram capítulos curtos e medianos que ajudaram na rapidez da leitura.
Hoje
estou péssima, doutora. Estressada, sem concentração, buscando respostas,
motivos, qualquer coisa palpável a que eu possa me agarrar, qualquer coisa real, mas na hora que acho que entendi a
situação e a arquivei na pasta “curada”, em vez da pasta “ferrada”, descubro
que ainda estou mal, sem foco, destruída. Mas você já sabe disso, não é?
Chevy conseguiu criar um enredo de cunho instigante, denso e que nos
fazem criar conjeturas sobre o real motivo desse sequestro. Outro ponto forte
são as características do Maníaco, ele era um homem com personalidades
totalmente diferentes, algumas vezes ele estava alegre outras vezes estava
totalmente agressivo.
Penso que até agora não tive palavras para colocar nessa resenha, pois
esta foi e ao mesmo tempo não uma resenha difícil de criar. São fatos e mais
fatos que resultam neste enredo, fatos estes que se fossem rapidamente
liberados na resenhas causariam um imenso spoiler
e eu sei que isso é o que muitos aqui não querem. A história contada pela
própria Annie é muito clara e sem muita enrolação. Seu final é inimaginável,
particularmente para mim, repleto de surpresas. Para àqueles que gostam de
estórias com temáticas direcionadas às investigações policiais e thrillers,
como eu, este livro é uma ótima tacada. Mesmo possuindo apenas 255 páginas, a
autora não deixar faltar nada na narrativa, a meu ver.
Estou bastante ansiosa para ler o próximo livro da autora, já lançado
aqui no Brasil pela editora Arqueiro, chamado É Melhor Não Saber.